Meus pêsames.

A morte e o luto parecem ser coisas distantes de nós. Velórios relâmpagos e com bitocas de cotovelos, em decorrência da pandemia da COVID-19, esvaziaram dois aspecto importante da vida social que são a morte e o luto.

Estranho, não é mesmo?

Mas, você sabia que, até poucas décadas atrás, era costume as pessoas enviarem cartas de condolências aos seus amigos, colegas ou parentes enlutados? E, que existia um tipo específico de envelope para esse tipo de correspondência, cujas bordas eram pintadas de preto?

Um item postal?

Tecnicamente, os envelopes de condolências por si não são itens postais, pois não são emitidos por uma autoridade postal, mas por particulares. Além disso, não existem marcas ou tarifas postais específicas para essa forma de carta, que poderia ser enviada como carta comum ou impresso.

Contudo, são documentos fascinantes acerca dos costumes de outrora.

Que tal apreciar um exemplar?

De Madrid para Lisboa.

Observe atentamente a imagem a seguir:

Frente do envelope. Coleção do autor.

Trata-se de um envelope de condolências circulado entre Madrid (Espanha, 09/IV/1918) e Lisboa (Portugal, 12/IV/1918). Carta simples com franquia isolada de 10 centavos de Pesetas. Trânsito pela censura postal portuguesa (s.l.; s.d.), conforme indica o carimbo circular preto aplicado sobre o envelope: "CENSURA . N. 4".

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