"My darling".

My darling.

Poste sempre.

Volto Domingo.

Espero que me sejas fiel.

Os versos citados acima fazem parte de uma mensagem manuscrita assinada por um "W" misterioso à Ilustríssima Excelentíssima Senhora Dona Ema Marques, cuja residência estava localizada na Rua Evaristo da Veiga, número 13, na cidade do Rio de Janeiro, conforme é possível visualizar na imagem a seguir.

Coleção do autor.

Descrição filatélica.

Carta bilhete circulada dentro da cidade do Rio de Janeiro (Município da Corte, 02/XII/1886). Seguintes carimbos de serviços postais auxiliares: "2a." (segunda expedição, 11 horas); "CORREIO URBANO".

Carimbos de Expedição.

De acordo com Almeida (1989, p. 64):

"Eram utilizados para indicar a ordem de expedição ou distribuição das correspondências. Nas agências de maior volume no século XIX, eram realizadas quatro expedições diárias, sendo a primeira às 9 horas e as três restantes às 11, 15 e 18 horas".

E o tal do "Correio Urbano"?

"Este carimbo indicava as cartas procedentes das caixas de coleta urbanas, distribuídas inicialmente pela cidade do Rio de Janeiro e mais tarde por outras cidades brasileiras. A ideia de se criar caixas de coleta remonta o ano de 1844, quando foram instaladas no Rio de Janeiro em número de três, localizadas em residências particulares, cujos proprietários tinham à disposição uma certa quantidade de selos para oferecer  aos usuários. Em 1845 e 1849, foram estabelecidos novos regulamentos para o funcionamento das caixas de coleta, que gradativamente foram sendo ampliadas para outros pontos da cidade. Um carteiro ficava responsável pelo recolhimento das cartas provenientes destas caixas, sempre em horário estabelecido com antecedência, e as enviada para a Seção do Correio responsável pela sua distribuição" (ALMEIDA, 1989, p. 66).

Referência.

ALMEIDA, Cícero Antonio F. Carimbos postais século XIX: um estudo da coleção de matrizes do MPT. Rio de Janeiro: Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, 1989.


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