A censura postal na Europa após a Segunda Guerra Mundial, parte 1.
"Para milhões de europeus, a Segunda Guerra Mundial, ainda mais que a Primeira, foi o mais perto que chegaram do inferno na terra", revela Ian Kershaw (2016, p. 353).
Para esse autor, o conflito militar internacional travado entre 1939 e 1945 representou o colapso da civilização europeia, expresso pela quase destruição total do continente europeu que, em 1945, estava praticamente em ruínas.
A censura postal durante e após o conflito.
O contexto de guerra tornou inevitável o controle das comunicações entre em praticamente todos os países da Europa entre 1939 e 1945. Nessas circunstâncias, a prática da censura postal foi comum tanto em países beligerantes quanto em nações neutras.
Mesmo após o término do conflito na Europa, em 8 de maio de 1945, a censura postal continuou a ser praticada, especialmente nos países sob ocupação militar aliada - a Áustria e a Alemanha.
O caso belga.
A Bélgica é um país localizado no oeste da Europa, com uma área de 30.528 quilômetros quadrados. Sua capital é a cidade de Bruxelas e sua moeda é o Euro. Estima-se que a população belga é de 11.539.326 habitantes, segundo dados disponíveis no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.
Durante a Segunda Guerra Mundial, a Bélgica esteve sob ocupação militar alemã entre 1940 e 1944. Foi através do Auslands-Briefprüfstelle localizado na cidade alemã de Colônia (C) que a correspondência de e para a Bélgica foi censurada.
Após a libertação da Bélgica, em 1944, por razões de segurança militar, a censura postal foi mantida, inicialmente executada por censores americanos e britânicos. Porém, ainda em 1944, ela passou a ser responsabilidade do governo belga e se estendeu, pelo menos, até 1946.
Um exemplo: de Eupen para Markt Rettenbach.
Observe a imagem a seguir:
Comentários
Postar um comentário